quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

The Story of Bottled Water (2010)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Água clorada aumenta risco de defeitos de nascimento, diz estudo

Lábio leporino, anencefalia e furos no coração seriam defeitos causados pelo cloro.
 
Gestantes que consomem água clorada têm um risco maior de dar à luz bebês com problemas no coração, lábio leporino e defeitos no cérebro, sugere um estudo realizado com crianças em Taiwan.

De acordo com os pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Grã-Bretanha, a exposição pré-natal aos derivados do cloro, conhecidos como trialometanos e que se formam no contato com a água, pode dobrar as chances de crianças terem defeitos de nascimento.

Para chegar aos resultados, os cientistas analisaram 400 mil crianças chinesas e compararam o nível de exposição aos derivados do cloro com a presença de 11 dos defeitos de nascimento mais comuns.

Segundo o estudo, a exposição a 20 microgramas de trialometano por litro de água provocou um aumento de 50% a 100% nas chances de as crianças nascerem com três defeitos considerados comuns: lábios leporinos, anencefalia (cérebro nasce sem o encéfalo) e septo ventricular (furos no coração).

  Mecanismos
Apesar de terem analisado água clorada com diferentes concentrações de cloro (alta, média e baixa), os cientistas não encontraram nenhuma relação entre o nível de exposição e a prevalência de um defeito específico.

"Os mecanismos biológicos que fazem os derivados do cloro causarem defeitos nos bebês ainda são desconhecidos", explica Jouni Jaakkola, principal autor do estudo.

"No entanto, nossas descobertas não apenas reforçam a teoria de que a água clorada pode causar defeitos de nascimento, mas sugere que a exposição aos derivados do cloro pode ser responsável por defeitos comuns e específicos", afirmou.

De acordo com Jaakkola, apesar dos benefícios da clorificação da água, é necessário que mais pesquisas sejam desenvolvidas para avaliar os efeitos colaterais desse processo.

A pesquisa sobre o impacto da exposição ao cloro na gravidez está publicada na edição de junho da revista científica "Journal of Environmental Health".

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL587560-5603,00.html

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Água clorada: 6 más notícias e uma boa

Má notícia 1: não é exatamente o cloro que produz as piores toxinas nas águas cloradas, mas aquilo que os americanos, com sua facilidade para siglas, chamam de DBPs - disinfection byproducts, ou subprodutos da desinfecção. Eles se formam quando o cloro entra em contato com qualquer matéria orgânica. Nome e identidade: trihalometanos (THMs) e ácidos haloacéticos (HAAs). E são dez mil vezes mais tóxicos do que o cloro, piores que o flúor e todos os outros resíduos de drogas.

Má notícia 2: num só banho de chuveiro pode-se absorver mais toxinas do que bebendo água da bica a semana inteira. O calor da água abre os poros para que elas penetrem. Os vapores são aspirados.

Má notícia 3: banhos de banheira aumentam muito a oportunidade de absorção. Piscinas também, e se forem aquecidas, mais ainda.

Má notícia 4: os níveis de DBPs variam conforme a posição da casa na rede de distribuição de água. Algumas são contempladas com muito mais cloro/DBPs.

Má notícia 5: também variam para mais quando aumenta a presença de matéria orgânica nos reservatórios de água, por exemplo depois de chuvas torrenciais.

Má notícia 6: os DBPs não afetam todas as pessoas do mesmo modo, algumas podem se ressentir mais. E passar anos de médico em médico procurando a razão de sua baixa imunidade, seus problemas na tiróide e por aí afora. Como nada se explica mas tudo se medica, a razão nunca aparece e a saúde vai pelo ralo.

Boa notícia: existem filtros para colocar na entrada da casa, depois da caixa d'água, e também para torneiras de cozinha e chuveiros. Estes, cada vez mais sofisticados. 


Fonte: Sonia Hirsch (jornalista e escritora voltada para promoção da saúde)
http://www.soniahirsch.com/