segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Conscientização!!! A verdade está aos nossos olhos, basta abrí-los.

Surto de virose afeta veranistas no litoral

Um surto de virose registrado no litoral do Paraná já levou mais de mil pessoas a procurarem atendimento médico em Matinhos, Guaratuba e Pontal do Paraná. Os principais sintomas são diarreia e vômito. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), foram 987 atendimentos entre os dias 2 e 8 deste mês. Em Guaratuba, mais 122 pessoas procuraram auxílio médico entre os dias 9 e 15. A Sesa não possui boletins atualizados, mas só ontem foram feitas entre 20 e 30 consultas no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Matinhos.

A assistente social Débora Matthes levou o filho Caio ao hospital em Matinhos


Em Guaratuba, o agente infeccioso responsável pelos casos é o Norovírus. “Estamos estudando os casos de Matinhos e Pontal do Paraná. Ainda não sabemos o que causou as viroses nesses dois mu­­nicípios”, afirmou Miriam Woiski, chefe do departamento de Vigi­lân­cia e Controle de Agravos Estraté­gicos da Sesa. Segundo o boletim da secretaria, entre os dias 2 e 8 fo­­ram feitos 564 atendimentos em Ma­­tinhos, 213 em Guaratuba e 210 em Pontal. Em janeiro de 2010 também houve aumento do número de casos de diarreia e vô­­mito nas praias do Paraná e no litoral do estado de São Paulo. Em ambos os casos o causador foi o Norovírus.


O Norovírus não é letal, mas tem alta transmissibilidade. Como a pessoa contaminada tem diarreia e vômito, há risco de desidratação. A principal forma de contaminação é a ingestão de alimentos e água contaminados. É essencial reforçar cuidados com a higiene. O vírus está presente em fezes, vômito e secreções.
A assistente social Débora Matthes, 37 anos, levou o filho Caio, 6 anos, ao hospital em Ma­­tinhos ontem. “Pela manhã ele começou a passar mal, com vômito e diarreia”, disse.
“É fundamental lavar as mãos com água e sabão várias vezes ao dia. Isso deve ser feito, principalmente, antes de preparar e fazer refeições, quando chegar da rua e após ir ao banheiro”, diz o médico infectologista José Luiz de Andrade Neto, diretor científico da So­­ciedade Paranaense de Infecto­logia. Ele disse não ter conhecimento de casos de contaminações pela água do mar.
A virose dura, em média, até três dias. Outros sintomas são dor de estômago, náuseas e em alguns casos febre e tremores de frio. Quem tiver sintomas deve procurar uma unidade de saúde. Segundo o médico Sandro Mo­­raes, do Hospital Nossa Se­­nhora dos Navegantes, os pa­­cientes recebem soro e normalmente são liberados. “O calor sempre é acompanhado por viroses. São casos simples, que em um ou dois dias estão resolvidos”, afirma.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Água saudável 24 horas: Perigo da contaminação dos poços por necrochorume!...

Água saudável 24 horas: Perigo da contaminação dos poços por necrochorume!...: "Cemitérios precisam ter controle de contaminaçãoResolução estabelece dezembro como data-limite para adequações. No Paraná, maioria deles ai..."

Perigo da contaminação dos poços por necrochorume!


Cemitérios precisam ter controle de contaminação

Resolução estabelece dezembro como data-limite para adequações. No Paraná, maioria deles ainda não se adaptou

Cemitérios criados antes de 2003 e que continuam ativos têm até o dia 31 de dezembro deste ano para realizar adequações de segurança para monitorar a contaminação do lençol freático e prevenir a poluição. O prazo foi estipulado em resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente e os órgãos ambientais estaduais e municipais ficaram responsáveis por estabelecer os critérios de adaptação e também assumirão a fiscalização. No estado, mesmo sem um levantamento preciso do número de cemitérios, o chefe regional de Curitiba e região metropolitana do Instituto Am­­biental do Paraná (IAP), Re­­ginato Bueno, diz que a maioria deles está irregular e a dois meses do final do prazo ainda não enviou os projetos de adequação. De acordo com ele, as vistorias dos quase 800 cemitérios do Paraná começa em janeiro.
Em Curitiba, a regulamentação para adaptação e criação de novos cemitérios veio antes da resolução de 2003. Os locais precisam de licenciamento anual, que só é concedido mediante leituras positivas dos índices de contaminação medidos pelos postos de monitoramento obrigatórios. Além disso, os cemitérios precisam apresentar um plano de resíduos para destinação correta do resto do lixo que é produzido no local, de acordo com o superintendente de Controle Ambiental, Mário Sérgio Rasera.
Soluções
Bons exemplos em Curitiba
Construído há 14 anos, o Cemitério Parque São Pedro, no bairro Umbará, em Curitiba, é tido como primeiro cemitério ecológico do Brasil. O diferencial é uma estrutura composta por poços de monitoramento e uma malha de drenagem profunda que abrange os seus 120 mil metros quadrados de área. Através do sistema, o necrochorume é drenado para um filtro biológico. A cada seis meses, águas subterrâneas são analisadas.
O custo para a construção de um cemitério ecologicamente cor­reto é cerca de 30% maior do que o con­vencional, mas para o diretor de marketing Ronaldo Vanzo, o investimento valeu a pena. O principal objetivo em obter a certificação foi tornar o Parque São Pedro uma empresa de referência em qua­lidade. “Já fomos procurados até por arquitetos americanos, que de­­mostraram interesse em utilizar as mesmas técnicas aplicadas aqui”, comenta.
O Cemitério Parque Iguaçu, também no bairro Barigui na capi­tal, adotou uma alternativa com es­­ta­ções de tratamento para o ne­­crochorume que remove as cargas orgânicas mais tóxicas do chorume e permite que o líquido resultado do processo também possa ser reu­tilizado, por exemplo, na irrigação da terra. “Isso é possível porque a car­ga poluente é tratada de forma anaeróbica, num recipiente fechado onde ele passa por uma desinfecção, antes de ser devolvido à natureza”, ex­­plica Maria Rosi, responsável pelo projeto.
Necrochorume
Pouca gente sabe, mas o necrochorume – líquido eliminado por cadáveres durante sua decomposição – contém alta carga tóxica e microbiológica, com vírus e bactérias, podendo comprometer o meio ambiente e causar problemas de saúde se não for devidamente tratado. Cada cadáver verte cerca de 200 mililitros de necrochorume por dia, por no mínimo seis meses. A substância, de cor acinzentada, cheiro azedo e fétido, é formada por 60% de água, 30% de sais minerais e 10% de substâncias orgânicas, duas delas, altamente tóxicas: a putrescina e a cadaverina.
Segundo a engenheira sanitarista da Tegeve Ambiental, empresa especializada em saneamento ambiental, Maria Rosi Melo Ro­­drigues, os micro-organismos liberados podem transmitir doenças por meio da ingestão ou contato com água contaminada pelo necrochorume. “É assim que muitas pessoas podem acabar sendo vítimas de enfermidades como hepatite, febre tifoide, paratifoide, tuberculose e escarlatina, entre outras”, afirma. Além disso, ela explica, o líquido pode atingir as águas subterrâneas, lençóis freáticos, e consequentemente chegar aos rios ou até mesmo serem captadas por meio dos poços artesianos.
Cremação
De acordo com o professor do doutorado de Gestão Am­­biental da Pontifícia Uni­versidade Católica do Paraná, Carlos Mello Garcia, o cuidado com o destino do necrochorume deve ser igual ao tratamento dado ao lixo industrial. Para ele, a solução sanitária ideal seria cremar os corpos. Um corpo de 70 quilos gera em média 2,5 quilos de cinzas, que não são poluentes. Mas a prática ainda não é muito comum. Assim, segundo Gar­cia, a melhor solução de adequação seria drenar o líquido por tubulação e tratá-lo antes de devolvê-lo à natureza.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Carvão Ativado






Carvão Ativado é uma forma de carbono puro de grande porosidade, apresenta notáveis propriedades atribuídas à sua área superficial, entre elas, a remoção de impurezas dissolvidas em solução. Pode ser empregado em pó ou granulado, conforme a utilização.

O carvão ativado é obtido a partir da queima controlada de certos tipos de madeiras. A queima é feita a uma temperatura entre 800°C a 1000°C, todo este cuidado é para evitar que ocorra a queima total e perda da porosidade do carvão.

O carvão ativado tem a capacidade de coletar seletivamente gases, líquidos e impurezas no interior dos seus poros, sendo por isso vastamente utilizado em sistemas de filtragem. Veja algumas de suas aplicações:

Tratamento de água: o carvão cumpre a função de adsorvente. Ele retém em seus poros certos tipos de impurezas: partículas grandes que causam coloração, sabor ou odor indesejável na água. Essas partículas permanecem fixadas ao carvão ativado por forças físicas (aderência).

Tratamento de efluentes: neste caso o carvão é usado para clarificação, desodorização e purificação de líquidos efluentes (esgotos).

Adsorção de gases: o carvão ativado é usado para filtrar gases tóxicos resultantes de processos industriais.

É válido lembrar que o potencial do carvão é limitado. Um filtro de carvão ativado deixa de ser eficiente se todos os poros de sua estrutura estiverem preenchidos. A área de aderência comprometida faz com que as impurezas não se fixem ao carvão. Neste caso, o recomendável é trocar o carvão antigo por um novo, com muitos poros disponíveis para a adsorção.

Por Líria Alves
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola