terça-feira, 23 de novembro de 2010

Gordura causa infarto na rede de esgoto

Sem caixas de retenção, resíduos oriundos de pias entopem tubulações e poluem rios. Vereadores aprovam lei para tentar reverter a situação

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Em uma das esquinas da Via Vêneto, em Santa Felicidade, a gordura entupiu o poço da Sanepar (Foto: Hedeson Alves/AGP)
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Por: João Rodrigo Maroni
Almoçar nos restaurantes de Santa Felicidade é uma velha tradição dos curitibanos e dos turistas em visita à capital paranaense. Porém, a maioria não sabe que a gordura e o óleo gerados principalmente nas cozinhas dos estabelecimentos que lidam com comida – não apenas os do famoso bairro italiano – provocam graves impactos ambientais e afetam as redes coletoras de esgoto. Isso acontece porque a maior parte dos imóveis (residenciais e comerciais) não possui caixas de retenção de gordura, que reduziriam a contaminação da água por esse tipo de resíduo.
“Na rede coletora, a gordura funciona da mesma forma que em nossas veias. Ela vai represando e fechando a tubulação, o que gera refluxo (de esgoto) nas casas”, explica Ernani José Ramme, coordenador de operações de redes da Unidade Regional Curitiba Norte da Sanepar. O resíduo acumulado, também chamado de borra, vai se petrificando e se misturando a outros materiais, inclusive panos, fraldas e até roupas íntimas jogados diretamente no vaso sanitário.
Refluxo
Além de provocar refluxo nas casas, romper tubulações e causar mau cheiro, a gordura faz travar bombas nas estações de tratamento de esgoto (ETEs) e compromete a atividade biológica do processo de depuração da água, além de gerar extravasamentos de efluentes para os rios. Pior mesmo, só quando o esgoto é lançado diretamente nos córregos. Para se ter uma ideia, tira-se de uma ETE cerca de 600 metros cúbicos por mês de escuma – substância resultante da gordura presente nos efluentes. Somente na parte norte da rede coletora da Sanepar, 30% dos serviços de manutenção por obstrução são provocados por acúmulo de gordura.
Na última terça-feira, a reportagem da Gazeta do Povo acompanhou uma equipe da Sanepar em vistoria a alguns poços de visita (PVs) na região dos restaurantes em Santa Felicidade. Os PVs servem para monitorar e fazer a manutenção da rede. Ao abrir um poço na esquina da Rua Saturnino Miranda com a Via Vêneto, os técnicos encontraram uma massa de gordura entupindo a passagem do esgoto. “Há dois meses fizemos a última manutenção preventiva aqui. Agora já está no limite de novo”, explica Osvaldo Luiz Nolli, gestor de manutenção de redes da Sanepar. Para retirar os resíduos, é preciso usar hidrojateamento e, nos casos mais graves, produtos químicos fortes.
Exigência
Por causa destes transtornos, a Câmara Municipal de Curitiba aprovou recentemente um projeto de lei do vereador Omar Sabbag Filho que obriga a instalação de caixas de gordura em todos os imóveis da cidade. A iniciativa altera o atual código de posturas do município, acrescentando a nova exigência. Reformado em 2004, o código deixou de fora a obrigatoriedade da caixa, até então prevista na legislação anterior, de 1953. Atualmente, a nova proposta está em análise na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e no departamento jurídico da prefeitura para depois ser encaminhada à sanção do prefeito Luciano Ducci.
“Tudo indica que será aprovada. Houve inclusive consultas técnicas junto às secretarias de Meio Ambiente e Urbanismo e a prefeitura não apresentou nenhum impedimento”, explica Sabbag Filho. Em relação à aplicação da lei, o vereador diz que caberá à Sanepar e à prefeitura fiscalizar os imóveis.
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PONTO CRÍTICO

Segundo a Sanepar, em alguns locais de Curitiba há acúmulo frequente de gordura nas redes de esgoto. Não por acaso, são áreas de concentração de lanchonetes, restaurantes e hotéis. São eles:
*Avenida Manoel Ribas, em Santa Felicidade
*Via Vêneto, em Santa Felicidade
*Avenida do Batel, no Batel
*Rua XV de Novembro, no Centro
*Rua Riachuelo, no Centro
*Rua Barão do Rio Branco, no Centro
*Praça Generoso Marques, no Centro.

Fonte: http://www2.rpc.com.br/aguasdoamanha/?p=631

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Água doente

O consumo e o uso de água não tratada e poluída matam mais do que todas as formas de violência, segundo relatório, ontem, Dia Mundial da Água, num documento intitulado “Água Doente” e elaborado pelo Programa para o Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep, na sigla em inglês) e divulgado pela Agência Brasil. O estudo afirma que, pelo menos 1,8 bilhão de crianças, com menos de 5 anos de idade. morrem por ano em decorrência da “água doente” - o que representa uma morte a cada 20 segundos. Por isso, alerta para a necessidade de adoção de medidas urgentes.  De acordo com o relatório, as populações urbanas deverão dobrar de tamanho nas próximas quatro décadas e a projeção é que os números subam dos atuais 3,4 bilhões para mais de 6 bilhões de pessoas. Vale dizer que, nas grandes cidades, já há carência de gestão adequada das águas residuais em decorrência do envelhecimento do sistema, de falhas na infraestrutura ou de esgoto insuficiente.  Isso significa que mais pessoas agora morrem por causa de água contaminada e poluída do que de todas as formas de violência, inclusive as guerras. Outro detalhe: a água contaminada é também um fator chave no aumento de vidas vegetais e animais mortas em mares e oceanos de todo o mundo, diz o documento, informando que 2 bilhões de toneladas de resíduos são jogadas em águas de todo o mundo por ano. Segundo o documento, substâncias que compõem um poluente de águas residuais, como nitrogênio e fósforo, podem ser úteis na produção de fertilizantes para a agricultura. O alerta é acompanhado pela informação de que 10% da população mundial consomem alimentos  cultivados com águas residuais para irrigação e adubação. Portanto é um desafio que vai aumentar, pois o mundo sofre rápida urbanização e industrialização, além de crescente demanda por carnes e outros alimentos, a não ser que se tomem medidas decisivas. 

Fonte: http://www.folhape.com.br/index.php/caderno-cidadania/557477-agua-doente

Sérios problemas na água de Curitiba

sexta-feira, 16 de abril de 2010


IAP relata problemas na água de Curitiba

Vereador Francisco Garcez (PSDB), diz ter ficado perplexo com as sérias denúncias que estão nos relatórios dando conta do grau de contaminação da água do sistema de abastecimento de Curitiba. "Agora Vamos ouvir a Sanepar"



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Uma equipe do Instituto Ambiental do Paraná esteve em reunião com a Comissão da Água na quinta-feira (15), para falar sobre o problema da água em Curitiba e região metropolitana. Participou o diretor de Estudos e Padrões Ambientais do órgão, Celso Augusto Bittencourt, juntamente com as biólogas Leda Neiva Dias e Christine da Fonseca Xavier, que apresentaram aos vereadores um estudo da qualidade das águas. O levantamento foi feito entre 2005 e 2008 e envolve 38 rios da região metropolitana e 23 reservatórios que promovem abastecimento, energia e paisagismo.
O relatório apresentado mostrou que um dos dois principais reservatórios de água que abastecem a capital, o reservatório do Iraí, encontra-se degradado e poluído. De acordo com a bióloga Leda, foi detectada floração de algas tóxicas, entre outros problemas que fazem a qualidade da água não ser compatível para o abastecimento. Já o reservatório de Piraquara, que também abastece Curitiba, encontra-se pouco degradado.
A situação dos lagos da cidade também não é satisfatória. Na maioria deles não se recomenda o contato com a água. Pela classificação do estudo, o lago Barigui e o Lago Azul encontram-se muito poluídos. Os do Bacacheri, Barreirinha, Jardim Botânico, Passeio Público, São Lourenço e Raia Olímpica (Parque Iguaçu) encontram-se criticamente degradados. O lagos Tiungui e Tanguá estão moderadamente degradados. Entre os rios mais poluídos, as biólogas destacaram o Iguaçu, Barigui e Belém. De acordo com elas, para sua recuperação seria necessário um tratamento complexo e caro. Também estão em situação crítica os rios Água Verde, Parolin e Fanny, por conta das ocupações irregulares e das edificações antigas que ainda mantêm esgoto irregular.
Solução
Os vereadores questionaram os visitantes sobre a solução para melhorar a qualidade da água. Para Bittencourt, são necessárias cinco ações básicas para se conseguir resultados satisfatórios. A primeira seria controlar a ocupação do solo para evitar invasões e incentivar que as construções mantenham um bom nível de permeabilidade. “É importante também a proteção da mata ciliar, um eficiente sistema de coleta e tratamento de esgoto, a fiscalização de efluentes industriais e a fiscalização da mineração para que não sejam despejados dejetos tóxicos na água. Lembrando que estas ações devem ser feitas com o poder público em parceria com a sociedade”, disse.
Caíque Ferrante (PRP), relator da Comissão, comentou sobre um pré-projeto que está elaborando e envolverá diversas entidades, entre elas a Secretaria do Meio Ambiente, chamado Águas do Amanhã, para recuperar a bacia do Iguaçu. Christiane apoiou a iniciativa. “É um esforço que vale a pena. Qualquer dinheiro ou intenção ambiental para recuperar o rio são bem-vindos. É necessário, no entanto, definir prioridades e trabalhar com metas”, alertou.
Os vereadores ressaltaram a necessidade de se coordenar as ações com outras cidades que fazem parte das bacias hidrográficas da capital. Algaci Tulio (PMDB) questionou sobre que tipo de trabalho o IAP tem feito junto às outras cidades para preservação ambiental. De acordo com ele, muitas prefeituras liberam loteamentos em áreas de preservação e aí começam mais problemas de poluição. Leda justificou que o IAP vem tentando se aproximar das prefeituras, mas não tem recebido a devida atenção dos dirigentes. “A ação política é a que mais prejudica na preservação da água”, complementou Bittencourt.
O presidente da Comissão, vereador Francisco Garcez (PSDB), lembrou que será feito um trabalho da Câmara com as cidades da região metropolitana. “A Comissão Especial para Assuntos Metropolitanos estará trabalhando em parceria conosco para mediar este processo com a RMC”, disse.
Garcez informou ainda que, diante das informações recebidas, a próxima convidada para participar da reunião será a Sanepar. “Queremos confrontar as informações aqui prestadas com eles”, ressaltou. “Esta conversa será para, juntos, trabalharmos e encontrarmos uma solução”, complementou Caíque Ferrante. A comissão também realizará diligências para verificar pessoalmente a situação dos rios.
Também compõem o grupo os vereadores Jonny Stica (PT), Julieta Reis (DEM), Zé Maria (PPS), Juliano Borghetti (PP), Tico Kuzma (PSB) e Felipe Braga Côrtes (PSDB).
Fonte: http://imprensaambiental.blogspot.com/2010/04/iap-relata-problemas-na-agua-de.html

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Rio Iguaçu - reportagens

Rio Iguaçu 2° mais poluído, perdendo somente para o Tietê.

http://www.youtube.com/watch?v=V6RzYPGBmvg

http://www.youtube.com/watch?v=i5V6WQ8b2iY&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=SjW8mQhETfU&feature=related

Limpar caixa d'água é obrigação doméstica para evitar doenças

Há quanto tempo você não limpa a caixa d'água? Não sabe responder? Então fique atento. Consumir água contaminada pode causar uma série de doenças como diarreia, tripanossomíase, tracoma, esquistossomose, leptospirose, micoses, malária, caxumba, febre tifóide, dengue, cólera e outras doenças parasitárias, hepatite, outras verminoses. Ficou assustado com a extensa lista? Pois saiba também que não adianta apenas cobrar providências da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). Em alguns casos, o problema está na caixa d'água da própria residência.

A gerente de Qualidade de Água da Caern, Paula Liberato, diz que é comum as pessoas ligarem para a companhia e reclamarem da qualidade da água que chega as torneiras de casa. "Quando eles reclamam, a gente vai até lá e faz alguns testes com a água que chega na casa e com a que sai da torneira e constata que na maioria dos casos a água fica contaminada depois que passapela caixa d'água", esclarece Paula.

Pode parecer besteira, mas no Brasil as doenças provocadas por consumo de água contaminada são uma das principais causas de morte. Para manter-se livre das doenças e evitar maiores problemas, basta tomar alguns cuidados, como lavar a caixa d'água ou reservatório a cada seis meses e mantê-los bem tampados para que nenhum animal ou sujeira contamine a água, como explica a gerente.

Ela explica que para realizar a limpeza é necessário fechar o registro de entrada da casa para que não entre água durante a limpeza e esvaziar a caixa. Depois, deve-se escovar bem as paredes e o fundo com uma escova de nylon. É preciso lavar a caixa com um jato forte de água tratada e espalhar com brocha ou pano uma solução composta de litro de água sanitária e 5 litros de água tratada, no fundo e nas paredes da caixa. Para a solução de água sanitária faça a desinfecção da caixa d'água, é necessário aguardar meia hora. Depois desse tempo, é necessário lavar a caixa de novo com um jato forte de água e deixar toda a água escorrer até a caixa ficar vazia antes de enchê-la novamente. Às vezes, o maior inimigo é invisível e está no próprio copo.

"A lavagem da caixa d'água tem que ser feita a cada seis meses ou uma vez ao ano. O problema é que muitas pessoas não têm consciência disso. Às vezes a água está própria na torneira da parte externa da casa, mas quando passa pela caixa fica imprópria", afirma Paula Liberato. Para alertar sobre a necessidade de manter a caixa d'água sempre limpa, a equipe da Gerência de Qualidade e Meio Ambiente da Caern desenvolve um programa de educação ambiental nas escolas de Natal. Os cuidados são simples e na maioria das vezes exigem só um pouco de tempo.

Passo a passo

1.Feche o registro de entrada da casa para que não entre água durante a limpeza e esvazie a caixa.

2. Escove bem as paredes e o fundo com uma escova de nylon.

3. Lave a caixa com um jato forte de água tratada e espalhe com brocha ou pano uma solução composta de 1 litro de água sanitária e 5 litros de água tratada, no fundo e nas paredes da caixa.

4. Lave a caixa mais uma vez com um jato forte de água e deixe toda a água escorrer, antes de encher o recipiente novamente.

Por Andrielle Mendes, especial para o Diário de Natal

Fonte: http://www.dnonline.com.br/ver_noticia/48185/