sexta-feira, 16 de abril de 2010
IAP relata problemas na água de Curitiba
Vereador Francisco Garcez (PSDB), diz ter ficado perplexo com as sérias denúncias que estão nos relatórios dando conta do grau de contaminação da água do sistema de abastecimento de Curitiba. "Agora Vamos ouvir a Sanepar"
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Uma equipe do Instituto Ambiental do Paraná esteve em reunião com a Comissão da Água na quinta-feira (15), para falar sobre o problema da água em Curitiba e região metropolitana. Participou o diretor de Estudos e Padrões Ambientais do órgão, Celso Augusto Bittencourt, juntamente com as biólogas Leda Neiva Dias e Christine da Fonseca Xavier, que apresentaram aos vereadores um estudo da qualidade das águas. O levantamento foi feito entre 2005 e 2008 e envolve 38 rios da região metropolitana e 23 reservatórios que promovem abastecimento, energia e paisagismo.
O relatório apresentado mostrou que um dos dois principais reservatórios de água que abastecem a capital, o reservatório do Iraí, encontra-se degradado e poluído. De acordo com a bióloga Leda, foi detectada floração de algas tóxicas, entre outros problemas que fazem a qualidade da água não ser compatível para o abastecimento. Já o reservatório de Piraquara, que também abastece Curitiba, encontra-se pouco degradado.
A situação dos lagos da cidade também não é satisfatória. Na maioria deles não se recomenda o contato com a água. Pela classificação do estudo, o lago Barigui e o Lago Azul encontram-se muito poluídos. Os do Bacacheri, Barreirinha, Jardim Botânico, Passeio Público, São Lourenço e Raia Olímpica (Parque Iguaçu) encontram-se criticamente degradados. O lagos Tiungui e Tanguá estão moderadamente degradados. Entre os rios mais poluídos, as biólogas destacaram o Iguaçu, Barigui e Belém. De acordo com elas, para sua recuperação seria necessário um tratamento complexo e caro. Também estão em situação crítica os rios Água Verde, Parolin e Fanny, por conta das ocupações irregulares e das edificações antigas que ainda mantêm esgoto irregular.
Solução
Os vereadores questionaram os visitantes sobre a solução para melhorar a qualidade da água. Para Bittencourt, são necessárias cinco ações básicas para se conseguir resultados satisfatórios. A primeira seria controlar a ocupação do solo para evitar invasões e incentivar que as construções mantenham um bom nível de permeabilidade. “É importante também a proteção da mata ciliar, um eficiente sistema de coleta e tratamento de esgoto, a fiscalização de efluentes industriais e a fiscalização da mineração para que não sejam despejados dejetos tóxicos na água. Lembrando que estas ações devem ser feitas com o poder público em parceria com a sociedade”, disse.
Caíque Ferrante (PRP), relator da Comissão, comentou sobre um pré-projeto que está elaborando e envolverá diversas entidades, entre elas a Secretaria do Meio Ambiente, chamado Águas do Amanhã, para recuperar a bacia do Iguaçu. Christiane apoiou a iniciativa. “É um esforço que vale a pena. Qualquer dinheiro ou intenção ambiental para recuperar o rio são bem-vindos. É necessário, no entanto, definir prioridades e trabalhar com metas”, alertou.
Os vereadores ressaltaram a necessidade de se coordenar as ações com outras cidades que fazem parte das bacias hidrográficas da capital. Algaci Tulio (PMDB) questionou sobre que tipo de trabalho o IAP tem feito junto às outras cidades para preservação ambiental. De acordo com ele, muitas prefeituras liberam loteamentos em áreas de preservação e aí começam mais problemas de poluição. Leda justificou que o IAP vem tentando se aproximar das prefeituras, mas não tem recebido a devida atenção dos dirigentes. “A ação política é a que mais prejudica na preservação da água”, complementou Bittencourt.
O presidente da Comissão, vereador Francisco Garcez (PSDB), lembrou que será feito um trabalho da Câmara com as cidades da região metropolitana. “A Comissão Especial para Assuntos Metropolitanos estará trabalhando em parceria conosco para mediar este processo com a RMC”, disse.
Garcez informou ainda que, diante das informações recebidas, a próxima convidada para participar da reunião será a Sanepar. “Queremos confrontar as informações aqui prestadas com eles”, ressaltou. “Esta conversa será para, juntos, trabalharmos e encontrarmos uma solução”, complementou Caíque Ferrante. A comissão também realizará diligências para verificar pessoalmente a situação dos rios.
Também compõem o grupo os vereadores Jonny Stica (PT), Julieta Reis (DEM), Zé Maria (PPS), Juliano Borghetti (PP), Tico Kuzma (PSB) e Felipe Braga Côrtes (PSDB).
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Uma equipe do Instituto Ambiental do Paraná esteve em reunião com a Comissão da Água na quinta-feira (15), para falar sobre o problema da água em Curitiba e região metropolitana. Participou o diretor de Estudos e Padrões Ambientais do órgão, Celso Augusto Bittencourt, juntamente com as biólogas Leda Neiva Dias e Christine da Fonseca Xavier, que apresentaram aos vereadores um estudo da qualidade das águas. O levantamento foi feito entre 2005 e 2008 e envolve 38 rios da região metropolitana e 23 reservatórios que promovem abastecimento, energia e paisagismo.
O relatório apresentado mostrou que um dos dois principais reservatórios de água que abastecem a capital, o reservatório do Iraí, encontra-se degradado e poluído. De acordo com a bióloga Leda, foi detectada floração de algas tóxicas, entre outros problemas que fazem a qualidade da água não ser compatível para o abastecimento. Já o reservatório de Piraquara, que também abastece Curitiba, encontra-se pouco degradado.
A situação dos lagos da cidade também não é satisfatória. Na maioria deles não se recomenda o contato com a água. Pela classificação do estudo, o lago Barigui e o Lago Azul encontram-se muito poluídos. Os do Bacacheri, Barreirinha, Jardim Botânico, Passeio Público, São Lourenço e Raia Olímpica (Parque Iguaçu) encontram-se criticamente degradados. O lagos Tiungui e Tanguá estão moderadamente degradados. Entre os rios mais poluídos, as biólogas destacaram o Iguaçu, Barigui e Belém. De acordo com elas, para sua recuperação seria necessário um tratamento complexo e caro. Também estão em situação crítica os rios Água Verde, Parolin e Fanny, por conta das ocupações irregulares e das edificações antigas que ainda mantêm esgoto irregular.
Solução
Os vereadores questionaram os visitantes sobre a solução para melhorar a qualidade da água. Para Bittencourt, são necessárias cinco ações básicas para se conseguir resultados satisfatórios. A primeira seria controlar a ocupação do solo para evitar invasões e incentivar que as construções mantenham um bom nível de permeabilidade. “É importante também a proteção da mata ciliar, um eficiente sistema de coleta e tratamento de esgoto, a fiscalização de efluentes industriais e a fiscalização da mineração para que não sejam despejados dejetos tóxicos na água. Lembrando que estas ações devem ser feitas com o poder público em parceria com a sociedade”, disse.
Caíque Ferrante (PRP), relator da Comissão, comentou sobre um pré-projeto que está elaborando e envolverá diversas entidades, entre elas a Secretaria do Meio Ambiente, chamado Águas do Amanhã, para recuperar a bacia do Iguaçu. Christiane apoiou a iniciativa. “É um esforço que vale a pena. Qualquer dinheiro ou intenção ambiental para recuperar o rio são bem-vindos. É necessário, no entanto, definir prioridades e trabalhar com metas”, alertou.
Os vereadores ressaltaram a necessidade de se coordenar as ações com outras cidades que fazem parte das bacias hidrográficas da capital. Algaci Tulio (PMDB) questionou sobre que tipo de trabalho o IAP tem feito junto às outras cidades para preservação ambiental. De acordo com ele, muitas prefeituras liberam loteamentos em áreas de preservação e aí começam mais problemas de poluição. Leda justificou que o IAP vem tentando se aproximar das prefeituras, mas não tem recebido a devida atenção dos dirigentes. “A ação política é a que mais prejudica na preservação da água”, complementou Bittencourt.
O presidente da Comissão, vereador Francisco Garcez (PSDB), lembrou que será feito um trabalho da Câmara com as cidades da região metropolitana. “A Comissão Especial para Assuntos Metropolitanos estará trabalhando em parceria conosco para mediar este processo com a RMC”, disse.
Garcez informou ainda que, diante das informações recebidas, a próxima convidada para participar da reunião será a Sanepar. “Queremos confrontar as informações aqui prestadas com eles”, ressaltou. “Esta conversa será para, juntos, trabalharmos e encontrarmos uma solução”, complementou Caíque Ferrante. A comissão também realizará diligências para verificar pessoalmente a situação dos rios.
Também compõem o grupo os vereadores Jonny Stica (PT), Julieta Reis (DEM), Zé Maria (PPS), Juliano Borghetti (PP), Tico Kuzma (PSB) e Felipe Braga Côrtes (PSDB).
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